Palmeira Imperial no Paisagismo

Cuidados com a Palmeira Imperial no Paisagismo

Conhecendo Mais da Palmeira Imperial

Este artigo é uma exploração detalhada da palmeira imperial, conhecida cientificamente como Roystonea oleracea. Convido você, leitor, a se juntar a mim nesta fascinante jornada através dos detalhes e curiosidades sobre esta majestosa árvore que enfeita a capital, na área entre a Câmara e a Praça dos Três poderes (cujo nome se dá Jardim das Palmeiras Imperiais).

Mas antes de começar, é crucial verificar o nome científico para garantir que estejamos nos referindo à espécie correta, dada a extrema confusão existente em relação a isso. Vou explicar este detalhe no artigo mais adiante. Para evitar o trocadilho, daqui para frente, vou chamar a Roystonea oleacra somente de palmeira imperial, embora ela também é vulgarmente chamada e palmeira real.

Então, venha, vamos descobrir juntos os encantos e mistérios da palmeira imperial.

Nomes comuns da Palmeira Roystonea olearca

A Roystonea oleracea é conhecida como palmiste em Trinidad e Tobago, palmeira real ou palma-de-repolho em Barbados e chaguaramo ou maparó na Venezuela. Na Colômbia, é chamada de mapora em espanhol, mapórbot em Jitnu e mapoloboto em Sikuani. Além disso, é referida como árvore de repolho, palmeira-real, palmier francês e chou palmiste, entre outros nomes.

Roystonea_oleraceae
Roystonea_oleraceae

Utilidades da Palmeira Imperial

A Roystonea oleracea é uma espécie de palmeira nativa das regiões tropicais e subtropicais das Américas, onde é apreciada por sua beleza ornamental e utilidade. Ela não é nativa do Brasil, e mais adiante vou explicar por que isto é um problema. No entanto, ela é reconhecida por suas altas estaturas, chegando a ser a amis alta das palmeiras, e seu tempo de vida centenária.  

Por exemplo, a palmeira plantada por D. João VI foi batizada de Palma Mater, e em 1972, aos 163 anos de idade, a árvore alcançou a impressionante altura de 38,7 metros, mas infelizmente foi atingida por um raio. Seu tronco foi preservado e atualmente está em exibição no Museu Botânico do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 163 anos… Imagina!

Em todas essas regiões nativas, a Roystonea oleracea desempenha um papel importante no ecossistema, oferecendo habitat e alimento para uma variedade de espécies de animais e insetos, porém no Brasil, por não ser nativa, ela poderá apresentar alguns problemas, que relatarei mais tarde.

Em Trinidad e Tobago, suas sementes são valorizadas como um alimento local chamado “palmiste”. Em Barbados, é uma árvore emblemática e é frequentemente plantada como uma árvore de sombra ou ornamental. Na Venezuela, suas fibras são usadas em diversas aplicações, desde artesanato até materiais de construção. Na Colômbia, é apreciada por sua contribuição para o ecossistema e seu valor cultural para as comunidades locais.

Confusão Entre as Palmeiras Reais Roystonea e Archontophenix

A palmeira real e a palmeira imperial, que são duas espécies diferentes. Na verdade, existem três palmeiras diferentes que são chamadas palmeira real, duas são da roystonea, e outra completamente diferente, porém também chamada popularmente em alguns estados de palmeira real. A troca é comum, e muitas pessoas não sabem que as três são de fato, diferentes.

Infelizmente, já li em vários blogs artigos que tem o título de palmeira real e estão descrevendo uma outra palmeira totalmente diferente, a palmeira imperial. Por isso não se pode confiar em nomes populares para comprar ou projetar plantas de paisagismo.

Pense em espécies longas, altas, esguias, e impressionantes… Estas são as palmeiras imperiais.

 Essa confusão também se dá a técnica de copiar e colar, que alguns querem produzir artigos sem ter no mínimo a ética de estudar a espécie que estão descrevendo. Estou dizendo isto para que você, leitor, tenha cuidado ao escolher o website de onde quer retirar suas informações. Se atente ao nome científico da planta quando for comprá-la.

Mas voltando a palmeiras, esta confusão pode surgir devido à semelhança visual entre as espécies, mas elas pertencem a gêneros diferentes. Archontophoenix cunninghamiana é, na verdade, conhecida como palmeira-bangalô, uma espécie diferente da palmeira real.

A principal diferença entre a Roystonea, que inclui tanto a palmeira real e imperial, e a Archontophoenix é sua classificação taxonômica. A palmeira real pertence ao gênero Roystonea, enquanto a palmeira-bangalô pertence ao gênero Archontophoenix.

Além disso, embora ambas sejam palmeiras ornamentais comuns, existem diferenças em suas características físicas, como o formato das folhas, a disposição das frondes e a altura que atingem quando maduras.

A altura da palmeira real (Roystonea spp.) é a maior das duas, e pode variar dependendo da espécie e das condições de crescimento, mas geralmente pode atingir entre 20 a 30 metros de altura, podendo ser ainda maior em condições ideais—uma das razões que eu desaconselho a plantar em pequenos quintais ou áreas urbanas.

Já a Archontophoenix cunninghamiana, conhecida também como palmeira real, ou palmeira-bangalô, geralmente atinge alturas menores em comparação com a Roystonea. Ela geralmente alcança entre 12 a 20 metros de altura.

Já dentro do gênero Roystonea, temos a real e a imperial. A palmeira imperial (Roystonea oleracea) é um pouquinho menor (não muito) pois também pode atingir alturas impressionantes, geralmente variando de 15 a 25 metros.

Portanto, as quatro palmeiras, que erroneamente usam o termo de real, têm potencial para alcançar alturas significativas e são conhecidas por suas estaturas majestosas.

Palmeiras “Reais”Roystonea oleraceaRoystonea
 borinquena
Roystonea regiaArchontophoenix cunninghamiana
Natural, in locoAntilhas e Norte da VenezuelaPorto Rico, Ilhas Virgens e São Domingos, no CaribeFlórida, México, América Central e do CaribeAustraliana
Altura15-30 m, podendo chegar a 40m12 a 30 m20 a 30 m12-20m
Folhas 4-5 metros e caem regularmente 4 metros 
Tronco/BaseUm pouco (não muito) mais gorda e oval na base. Longa e reta depois distoformato de garrafa
25 a 70 centímetros de diâmetro
50 cm
base engrossada
Longa e magra, retilínea20 cm de diâmetro
Luminosidadesol plenosol plenosol plenomeia-sombra quando jovem, sol pleno quando adulto
pH e Solo solos arenosos a argilosos  
Temperaturamenos resistente ao frio  calor e umidade
Ideal para praia
resistente ao frio e geadas
Frutos   Vermelho Brilhante
Outros nomes Palmeira Coca-Cola, pois a estrutura parece uma garafa de Coca-Cola (não confundir com a palmeira garrafa, que é outro com base alargada, quase redonda)
palmeira-imperial-de-porto-rico
Palmeira-real-de-cubaPalmeira-bangalô
DificuldadesAs folhas, de3 a 5 metros de comprimento, caem frequentemente. Quebra pisomadeira de pouca durabilidade, suscetível a cupins.
bastante exigente em água
 baixa tolerância ao transplante quando adulta

Só lembrando, que este artigo é sobre a plameira roystonea oleracea.

A Palmeira Imperial (Roystonea oleacrca) Na História

A imponente Palmeira Imperial não ostenta seu nome à toa. Seu porte majestoso ecoa através das eras, desde os tempos em que a primeira espécie foi carinhosamente cultivada por D. João VI em solo brasileiro. Desde então, esta nobre palmeira tornou-se um símbolo inquestionável do império, entrelaçando-se com a história e a paisagem de nosso país.

Com uma estrutura robusta e marcante, suas formas erguem-se em direção aos céus, desafiando até mesmo os limites da imaginação. Na maturidade, suas copas alcançam alturas impressionantes, podendo beirar os 40 metros, testemunhando o tempo com uma dignidade inabalável.

Nos projetos paisagísticos mais refinados, ela é cuidadosamente posicionada, seja em duplas, grupos harmoniosos ou alinhamentos graciosos. E, em grandes empreendimentos, sua presença imponente adorna avenidas majestosas, alamedas serenas, chácaras bucólicas e fazendas históricas, além de emoldurar as entradas de condomínios fechados e residências luxuosas.

A Palmeira Imperial em Jardins Públicos no Brasil

Imaginar Brasília sem suas icônicas Palmeiras Imperiais seria como tentar conceber um céu sem estrelas. A história dessas majestosas árvores se entrelaça com as raízes da própria nação, remontando aos tempos da Brasil Colônia, quando o solo deste vasto território ainda se firmava sob nossos pés. Surpreendentemente, a visão grandiosa dessas palmeiras estava já nos primeiros traçados da nova capital, prevista para abrigar o coração político do país.

Os primeiros esboços delineados por Lúcio Costa para Brasília já abraçavam a ideia de uma alameda majestosa, hoje conhecida como o “Fórum de Palmeiras Imperiais”, uma visão sugerida muito antes por ninguém menos que o renomado arquiteto francês Le Corbusier, lá pelos idos de 1936.

O plantio dessas sentinelas da história aconteceu em 1960, mas sua importância só cresceu com o tempo. Em 1974, o conjunto de 60 palmeiras foi realocado com carinho, e em 2004, ganharam ainda mais destaque com a adição de uma iluminação especial, um projeto luminoso executado pela Companhia Energética de Brasília (CEB).

Dentre esse exuberante conjunto, uma palmeira se destaca soberana, erguendo-se com toda a dignidade de uma matriz. Cuidadosamente selecionada pelo Departamento de Parques e Jardins (DPJ) do GDF, essa magnífica representante atinge uma altura de 17,10 metros, com um tronco imponente de 80 centímetros de diâmetro e uma copa que se estende por quatro metros em todas as direções.

Classificação Botânica da Palmeira Imperial

O nome científico da palmeira imperial é Roystonea. Existem atualmente 11 espécies de palmeira roystonea, e estas incluem:

  1. Roystonea oleracea à que é este artigo
  2. Roystonea princeps – Não é encontrada no Brasil
  3. Roystonea altissima
  4. Roystonea borinquena à também confundida com Real/Imperial
  5. Roystonea dunlapiana
  6. Roystonea lenis
  7. Roystonea regia – chamdada palmeira-real-de-cuba
  8. Roystonea stellata
  9. Roystonea violacea
  10. Roystonea williamsii
  11. Roystonea × portoricensis

A origem do nome do gênero Roystonea é uma homenagem ao General Roy Stone no final do século XIX, um engenheiro militar do exército dos Estados Unidos que foi responsável por diversas contribuições na área da engenharia civil e militar, além de ter liderado várias expedições botânicas e geológicas na América Central e do Sul. O nome Roystonea foi proposto pelo botânico norte-americano Odoardo Beccari em 1878.

Stone foi um defensor da conservação ambiental e desempenhou um papel importante na proteção de algumas áreas naturais, o que pode ter influenciado na escolha do nome para esse gênero de palmeiras.

A palmeira real pertence ao Reino Plantae (Plantae), Divisão Magnoliophyta, Classe Liliopsida, Ordem Arecales e Família Arecaceae. O gênero específico é Roystonea. Há várias espécies dentro do gênero Roystonea, como Roystonea regia, Roystonea oleracea, entre outras.

Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: Liliopsida (Monocotiledoneae)
Sub-classe: Arecidae
Ordem: Arecales
Família: Arecaceae (Palmae)

Ciclo de Vida da Palmeira Imperial

O ciclo de vida da Roystonea oleracea começa com a germinação da semente, um processo que geralmente ocorre entre 2 a 3 semanas após o plantio em condições ideais de umidade e temperatura, que podem variar de acordo com a região.

 À medida que a plântula emerge, ela se desenvolve ao longo de vários meses, com o caule se tornando mais robusto e as folhas começando a se expandir após cerca de 6 a 8 semanas.

Durante os meses seguintes, a palmeira continua seu crescimento, alcançando alturas mais significativas à medida que os meses passam. O florescimento geralmente ocorre após vários anos de crescimento, variando de 3 a 5 anos em condições favoráveis, crescendo 80cm àum metro por ano.

Quando Comprar Palmeira Imperial

O melhor momento para plantar e comprar Roystonea oleracea depende em grande parte do clima e das condições locais. Em regiões tropicais onde a palmeira prospera, o plantio pode ser feito durante todo o ano, preferencialmente durante a estação das chuvas para facilitar o estabelecimento das raízes.

Em climas subtropicais ou temperados, a primavera ou o início do verão são frequentemente recomendados, permitindo que a palmeira aproveite as temperaturas mais quentes e chuvosos para um crescimento ideal.

Ao comprar uma Palmeira Real, é aconselhável selecionar espécimes saudáveis em viveiros ou centros de jardinagem respeitáveis, garantindo que tenham sido cuidados adequadamente e estejam prontos para prosperar em seu novo ambiente.

Condições de Solo para a Palmeira Imperial

Para plantar uma palmeira Roystonea oleracea com sucesso, é essencial considerar várias condições do solo e do ambiente.

 Essas palmeiras preferem solos bem drenados e arenosos, pois não toleram o acúmulo excessivo de água ao redor das raízes. Portanto, é crucial evitar áreas propensas a alagamentos.

Quanto à exposição solar, as palmeiras Roystonea oleracea preferem locais com bastante luz solar direta, embora também possam tolerar sombra parcial.

Em relação ao pH do solo, essas palmeiras prosperam em solos ligeiramente ácidos a neutros, com pH entre 6,0 e 7,5. É importante realizar uma análise do solo para garantir que esteja dentro dessa faixa antes do plantio.

Quanto aos nutrientes, recomenda-se adicionar fertilizantes balanceados e de liberação lenta no momento do plantio para fornecer os nutrientes necessários para o crescimento inicial da planta.

Uma vez estabelecida, a palmeira Roystonea oleracea geralmente não requer fertilização adicional, mas pode se beneficiar de uma aplicação ocasional de um fertilizante equilibrado durante a estação de crescimento.

Além disso, é fundamental garantir espaço adequado para o crescimento da palmeira, pois ela pode atingir alturas consideráveis. Certifique-se de plantá-la longe de estruturas ou fios elétricos e mantenha distância suficiente de outras plantas para permitir o desenvolvimento saudável da copa. Durante o plantio, é importante compactar o solo ao redor das raízes para evitar bolsões de ar e promover uma boa conexão entre as raízes e o solo circundante.

Por fim, a rega adequada é crucial durante o período de estabelecimento da palmeira. Embora as palmeiras Roystonea oleracea sejam tolerantes à seca uma vez estabelecidas, é importante garantir que recebam água suficiente durante os primeiros meses após o plantio para promover um crescimento saudável e robusto. Monitorar regularmente a umidade do solo e ajustar a rega conforme necessário ajudará a garantir o sucesso do seu plantio de palmeira Roystonea oleracea.

Observações da Palmeira Imperial No Paisagismo

Embora a palmeira imperial seja linda, eu carinhosamente peço que não a utilizemos em paisagismo urbano, com grande densidade populacional. Quê? Como assim? Pois é… Escrevi tudo isso para agora dizer que não deve se utilizar a palmeira imperial nos seus projetos. Por favor, me escute antes de tomar qualquer decisão, pois o que vou escrever agora é fundamental.

No manejo cuidadoso das áreas verdes, o objetivo transcende simplesmente garantir um ambiente propício para a flora e fauna; trata-se também de promover segurança e bem-estar para todos que frequentam esses espaços urbanos.

As características singulares da espécie em questão, Roystonea oleracea, fornecem um vislumbre dos desafios enfrentados: desde os riscos associados à queda de folhas, flores e frutos até os inconvenientes causados à limpeza das ruas, aos danos à pavimentação e à obstrução de calçadas.

O manejo adequado dessas árvores de grande porte requer não apenas equipamentos especializados, como guindastes, mas também mão de obra altamente qualificada, o que demanda consideráveis recursos financeiros. Esses custos, multiplicados pelo grande número de Palmeiras-imperiais presentes em cada cidade brasileira, somados à longevidade e altura potencial desses exemplares, que podem viver centenas de anos, representam um desafio financeiro considerável.

Na visão contemporânea de sustentabilidade, a manutenção dessas árvores centenárias pode ser vista como economicamente inviável, especialmente quando muitos municípios lutam para atender às necessidades básicas de seus cidadãos. Diante desse contexto, surge o questionamento sobre a alocação de recursos para a gestão das áreas verdes.

Embora o plantio de árvores seja essencial, é importante reconhecer que plantar é um ato político e de responsabilidade. O plantio de espécies que perdurarão por séculos e impactarão as vidas de gerações futuras deve ser encarado como uma valiosa herança, e não como um fardo.

É fundamental que os cidadãos, com consciência plena, busquem informações sobre as espécies mais adequadas para cada contexto e compreendam as demandas de cuidado necessárias.

O plantio em áreas públicas requer critérios rigorosos e orientação técnica para valorizar as espécies nativas, que já estão adaptadas às condições locais e contribuem para a identidade cultural e ecológica do ambiente urbano.

Pragas e Doenças que a Palmeira Real Apresenta

A Roystonea oleracea, embora amplamente associada à paisagem brasileira, não é nativa do país. Originária das Antilhas e do norte da Venezuela, ela chegou ao Brasil por meio do cultivo intencional e subsequente naturalização. No entanto, apesar de seu apelo estético e significado histórico, a introdução da Roystonea oleracea no Brasil trouxe consigo uma série de desafios quando não cultivada adequadamente.

Devido ao seu status não nativo, a Roystonea oleracea pode enfrentar dificuldades para se adaptar a certas condições ambientais presentes no Brasil. Práticas de cultivo inadequadas podem agravar esses desafios, levando a problemas como crescimento retardado, susceptibilidade a pragas e doenças, e saúde geral deficiente.

Além disso, o tamanho impressionante das Palmeiras Reais, com alturas de até 40 metros quando maduras, pode representar riscos quando plantadas em ambientes urbanos sem planejamento e manutenção adequados, como já mencionei.

Além disso, o potencial invasor da Roystonea oleracea representa uma ameaça para as espécies vegetais e ecossistemas nativos. Sem manejo adequado, essas palmeiras podem competir com a vegetação indígena, perturbar a biodiversidade local e alterar os processos ecológicos.

 Isso pode ter efeitos cascata sobre os habitats da vida selvagem e o funcionamento do ecossistema, ressaltando ainda mais a importância de práticas de cultivo e manejo responsáveis.

As palmeiras imperiais enfrentam diversos desafios que podem afetar sua saúde e vitalidade. Entre eles, destacam-se:

  • Ácaros, especialmente Aceria guerreronis, que podem causar ressecamento e necrose das folhas e brotos terminais, levando, em última instância, à morte da planta.
  • Formigas, como Atta sp., que podem contribuir para o enfraquecimento da estrutura da palmeira por meio de suas atividades de construção de ninhos.
  • O besouro Rhynchophorus palmarum, conhecido por seu impacto destrutivo ao perfurar o tronco da palmeira, causando danos estruturais e potencialmente levando à sua morte.
  • Cupins, especialmente Coptotermes havilandi, que podem infestar e enfraquecer a madeira da palmeira, representando uma ameaça significativa para sua saúde e estabilidade geral.

Além disso, as palmeiras são suscetíveis a diversos fungos, incluindo Phytophthora palmivora, Rhizoctonia solani, Pythium sp., Colletotrichum gloeosporioides, Ceratocystis paradoxa, Fusarium oxysporum, Phoma spp., Pestalotia spp., Pestalotiopsis sp., Rhizopus sp. e Cladosporium spp. Essas infecções fúngicas podem se manifestar de diferentes formas, desde manchas nas folhas até apodrecimento do caule, comprometendo a resistência e longevidade da palmeira.

Cada um desses desafios requer uma gestão e intervenção proativas para proteger a saúde e integridade das populações de palmeiras.

Muito melhor escolher uma palmeira nativa do Brasil, oriunda de do nosso chão nativo. Além de ajudar na sustentabilidade, previne o alastramento de doenças e pragas. Na obra Flora brasiliensis, escrita por Martius, Eichler & Urban, entre os anos de 1840 a 1906, foram descritas e detalhadas 22.000 espécies de plantas brasileiras. A ciência avança constantemente, e ainda são descobertas novas espécies. Vamos valorizar o que é brasileiro.

Porque Devemos Preferir Palmeiras Naturais Brasileiras

Hoje, sabe-se que o Brasil abriga a maior diversidade de espécies vegetais do mundo. Apesar dessa imensa riqueza, ainda se nota uma significativa preferência por plantas exóticas no paisagismo brasileiro. Culturalmente, valoriza-se mais o que vem de fora em detrimento do patrimônio nacional.

O hábito de importar espécies vegetais estabeleceu uma tradição paisagística pautada por séculos de introdução de plantas estrangeiras, comuns em jardins e praças, muitas vezes evocando memórias de infância. Como resultado, pode-se crescer sem apreciar ou conhecer as plantas nativas do Brasil, que contribuem significativamente para nossa identidade cultural e para a estabilidade dos serviços ambientais.

A arte da jardinagem e a ciência do paisagismo utilizam as características das plantas e elementos da paisagem para criar espaços funcionais, estéticos e saudáveis. Cada grupo de plantas desempenha um papel importante na constituição do plano paisagístico, buscando um equilíbrio entre volumes, cores, texturas e ritmos. Sob essa perspectiva, o jardim se torna uma expressão artística que envolve todos os sentidos, uma verdadeira sinfonia de formas, cores e aromas… sem a presença da palmeira imperial, pelo menos a Roystonea olearca.

Se voc”e quiser ler mais sobre outras plameiras, este artigo cita mais de 20 palmeiras usadas no paisagsimo brasileiro.

Referências

https://www.vivadecora.com.br/pro/palmeiras-para-jardim

https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/68367/1/palmeira-real.pdf

https://www2.camara.leg.br/a-camara/estruturaadm/gestao-na-camara-dos-deputados/responsabilidade-social-e-ambiental/ecocamara/noticias/arvore-do-mes-2013-palmeira-imperial

https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20181127-155832/publico/AguiarFrancismarFranciscoAlves.pdf

https://www.revistaea.org/pf.php?idartigo=2819

http://www.respostatecnica.org.br/dossie-tecnico/downloadsDT/Mjc2NTE=

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